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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

LÍRICAS - A ESPADA DO POETA - Por Alceu de Mitinene

Poetisa Safo e Alceu de Mitilene - Poeta Grego
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LÍRICAS 
A ESPADA DO POETA 
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Eu coroarei de mirto a minha espada, 
Como a de Harmódio, honrada, 
E como a de Aristógiton, o forte, 
Quando ao sevo tirano deram morte,
E Atenas libertada
Foi à igualdade antiga restaurada.
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Tu não morreste, Harmódio, oh não! tu gozas
Nessas ilhas ditosas
Serena vida com os heróis que aí moram, 
E onde, cremo, demoram 
Diomedes, o valente,
E Aquiles, o veloz, eternamente. 
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De mirto a minha espada
trarei como Aristógiton coroada,
E como Harmódio, o forte
Que à vingança a reserva,
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Quando, nos sacrifícios de Minerva,
Ao tirano Hipparco deram morte. 
Em prezada memória
Viverá para sempre eternamente.
Harmódio, a tua glória, 
E a tua, Aristógiton valente, 
Que o tirano matastes, 
E a liberta cidade
O usurpado direito restaurastes
Da primeira igualdade. 
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Júpiter chove,, pelo céu se enturva
Fremente o ar; 
Túrgidas crescem as torrentes grossas
De água a jorrar. 
Frígido inverno! morra nas fogueiras
Do roxo lar. 
Corra-nos vinho, franco, de mão larga, 
Vamos, virar!
Beba-se, e já; porque a luz havemos
 Ainda esperar? 
Rápido é o dia, lentos são pesares, 
Maus de acabar; 
Deu-no-lo, o vinho, de Semelle o filho
Para os matar. 
Válidos copos, um a um, cá dentro
Se vão juntar;
E áspera luta travam na cabeça,
Que hão de quebrar
Água?... mostrai-lha; duas vezes vinho
A tresdobrar! 
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BREVE BIOGRAFIA 
Alceu de Mitilene foi um grande poeta lírico grego; nasceu em Mitilene, ilha de Lesbos em 611 a.C. e morreu em 580 a.C. - Viveu na ilha de Lesbos e foi contemporâneo de Safo a grande poetisa grega. Lamentavelmente, muito pouco nos resta de sua obra.
Nicéas Romeo Zanchett 




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